sexta-feira, 27 de julho de 2012

A primeira vez no sanitário!!!!

Eu disse que o desfralde seria sem pressão aqui em casa, e assim está sendo...
O pinico serve de banquinho e com a desculpa do frio do inverno as fraldas continuam nossas companheiras...
E como já disse em outro post, na maternidade quem nunca falou sobre cocô, com certeza uma hora irá falar...
Ontem peguei o Gui na casa da vovó e ela me disse antes de ir embora... "achei estranho, hj o Gui ainda não fez cocô"... Bom, fica mamãe de olho, pois ele vai encher a fralda a qualquer momento.
Chegamos em casa, brincamos com o papai, dei a janta e subimos para olhar desenho antes de dormir. O Gui pediu para colocar o pijama e eu achei que não ia ter cocô...
Mas depois de deitadinho e quentinho, ele levanta da cama correndo e começa a andar de um lado para outro do quarto... pensei na mesma hora: É o cocô que vem vindo!!!
"Filho, vamos fazer cocô no banheiro??" perguntei sem muita pretensão... E para minha surpresa ele respondeu: "cocô não, mamãe, quelo xixi no vaso..."
Desci a escada correndo e já tirando a fralda dele... Sentei ele no vaso e comecei a cantar a musiquinha do peixinho... E no meio da musiquinha eu começava " Foooorrrçççaaaaa, sai cocôôô!!!!" e ele repetia... " Foooorrrçççaaaaa, sai cocôôô!!!! "
O Ale morria de rir atras da porta, mas a gente continuava ali, firme, apesar do frio... quando eu já ia desistir, ouço o som "pluft"... E comemoramos muito!!!! Foi o primeiro cocô no vaso do Gui... Ele ficou muito feliz, apesar de não entender muito bem o que estava acontecendo...

Acho que ele vai querer me matar o dia que ler isso... Mas o primeiro cocô no banheiro a gente nunca esquece....

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A febre, o antibiótico e o Congresso de Pediatria.


Fiquei um tempo afastada do blog, mas eu havia me prometido que só voltaria a escrever quando tivesse boas noticias pra contar... E finalmente elas vieram...



Eu ainda tenho muitas dúvidas e angustias desde o diagnostico de epilepsia, mas estamos tentando ouvir opiniões, ler sobre o assunto e tenho usado muito a minha intuição e acho até mesmo que foi ela (a intuição) que me trouxe a solução para as repetidas crises de diarreia do Gui desde o mês de maio... só me faltava coragem de por em prática o que minha intuição me dizia desde o inicio...



Mas se o Gui já estava há algumas semanas com diarreia, veio um novo quadro que me causou um certo pânico (sim pânico), eu já sabia que isso iria acontecer quando o Gui tivesse a primeira febre pós diagnóstico.

Aconteceu no dia 27/6. O Gui acordou febril, coisa pouca, menos de 38ºc, mas como eu já sabia que EU entraria em pânico, tentei me acalmar. Deixei ele na casa de minha mãe e vim trabalhar, afinal ocupando a cabeça eu achava que ficaria mais tranquila. Fiquei com vergonha de ligar pro Marcelo tão cedo e consegui me aguentar até as 9 da manhã. Horário que a clinica dele inicia as atividades... Ligo as 9 e ouço a secretaria dizer que ele provavelmente não atenderia nessa semana, gelei. Desliguei, organizei os pensamentos e liguei pro celular dele. Ele me atendeu e confirmou que não atenderia, pois havia um congresso de pediatria em Porto Alegre e ele estaria “presidindo” o tal congresso... Expliquei o meu estado de pânico e ele me disse que ficasse monitorando o Gui, mas eu entrar em pânico não iria ajudar (claro que eu sabia disso, mas não conseguia me controlar), mas ele me autorizou a começar a medicar ele com 37,5 ºc. Liguei pra minha mãe e passei as instruções. Mas ele estava bem, brincando bastante, nem parecia febril. E assim passou o dia, mas o remédio só durava as 4 horas e logo ele estava com 37,5ºc novamente.

Como o Marcelo me prometeu que se encontrasse uma brecha no horário do Congresso me ligaria para atender o Gui, tentei me tranquilizar e assim passamos o dia, mas ao final da tarde o quadro se alterou... quando cheguei na mãe para pegar o Gui ele estava com 38ºc, medicamos e resolvemos levar ele na ProntoKids (antiga clinica do Marcelo) para se avaliado. Lá chegando, me deparei com uma cena chocante... Muitas crianças doentes e poucos médicos atendendo, pois os pediatras estavam todos no tal do Congresso (nem preciso dizer que fiquei com muita raiva desse tal congresso)... Aguardamos o atendimento por mais de 2 horas e a medica não encontrou nada nele, mandou continuar medicando e esperar que algo deveria estourar...

E assim passamos quinta e sexta de manhã... O remédio da febre mal completava as 4 horas e eu continuava com a promessa de atendimento do Marcelo e logo ela subia. Resolvi que não ia esperar mais pela “promessa de atendimento”. Trabalhei de manhã, adiantei tudo que podia e as 13h eu já estava sentada na recepção LOTADA do Hospital da Criança Santo Antônio. Cheguei e estavam chamando a ficha 155 e a minha era 180... Tinha mães e crianças de todos os jeitos... que coisa desumana. Se o setor de convênios estava esse caos, fiquei imaginando o lado do SUS... Bom, mandei o Alexandre pra rua com o Gui e fiquei ali com minha mãe esperando. Quando fazia uma hora e meia de espera, o Ale me trouxe o Gui, ele se sentou no meu colo e dormiu. Coloquei o termômetro e marcava 38,5º, ainda faltavam 8 pessoas... Levantei e disse a recepcionista que o Gui tinha epilepsia e que a febre estava passando de 38,5ºc. Ela logo chamou a enfermeira e nos passou para a triagem na frente dos outros... Em seguida a médica nos chamou, examinou o Gui e disse que ele estava com placas na garganta, receitou antibiótico e antitérmico e no caso do antitérmico não dar conta, apelar para o banho, mas não deixar a temperatura subir.

No carro de volta pra casa me liga o pediatra dele para saber como ele estava e disse que voltávamos do Santo Antônio com receita de antibiótico... O Marcelo foi enfático no telefone dizendo que pelo que conhece do histórico do Gui, não era garganta, que o certo seria levarmos há um laboratório e raspar a garganta para ver se era realmente a tal da bactéria para só depois administrar o antibiótico, mas que ele não poderia vê-lo ainda... bla bla bla... e aquilo foi me irritando... conversamos rapidamente dentro do carro com minha mãe e o Ale e resolvemos leva-lo novamente na Pronto Kids para uma outra avaliação... Mas no caminho tivemos de fazer uma parada estratégica, pois o Guilherme vomitou muito...ele, o carro, minha mãe.... NOSSA SENHORA!!!, voltando a Pronto Kids, novamente lotado e um único pediatra atendendo... Deveria ser perto de 18:30 quando fomos atendidos... novo exame e mesmo diagnostico, infecção de garganta, amoxilina e nós rumo a farmácia para que o Gui tomasse ainda naquela noite... Mas como nada nessa vida maternal são flores, na sexta feira dia 29/6. Houve um black out de luz na Zona Norte e cheguei em casa perto das 21h com antibiótico, uma sacola de roupa vomitada, um filhote azedo (santa vovó que sempre leva roupa extra) e uma casa SEM LUZ para poder dar um banho decente no guri...

Mas não tem problema, banho a luz de velas, antibiótico e cama para todos, mas o guri ainda com febre...

Assim passou-se sábado e domingo... Somente na segunda-feira a febre do Gui cedeu, mas ele ainda continuava sem comer e com a dita da diarreia e algumas sequencias de vômito pós crises de tosse.

Na quarta feira dia 4/7, apareceram na volta da boca, algumas bolinhas, a noite levamos novamente ele na Pronto Kids, a atendente e a enfermeira já nos conheciam, a enfermeira perguntou se ele tinha febre novamente e eu disse que não, apenas aquelas bolinhas que apareceram, então por conselho dela, que fossemos logo embora, visto que haviam ali crianças com suspeita de gripe A e os atendimentos estavam todos atrasados pois havia reagendamentos da semana anterior por conta do Congresso. E assim fizemos, fomos embora...

Apesar de eu estar com muita raiva do Marcelo, por não nos ter atendido naquela semana, eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria de enfrenta-lo, então decidi que as bolinhas seriam um bom motivo. Marquei a consulta para sábado dia 7/7.

Os dias se seguiram com o Gui sem febre, mas ainda sem apetite e com diarreia, muita secreção no nariz que ainda provocavam tosse noturna e vômitos... Mas não parou por ai, no sábado da consulta de manhã, fui lhe dar banho e ele estava com o corpo todo pintadinho... parecia sarampo... “Meu Deus”... Enchi ele de roupa e fomos ao consultório... Quando entrei a primeira coisa que disse pro Marcelo foi : “Pode me xingar que eu dei o antibiótico para o Gui, mas eu quero meu filho saudável de volta, eu não aguento mais uma doença atrás da outra...” Era um DESABAFO...

Ele e o Ale riram muito de mim. Mas era só o que eu desejava nesse momento.

Foi então que ele me disse que ele não xinga ninguém, ultimamente nem os filhos dele... que com o meu filho eu decido o que fazer, ele apenas indica o caminho e eu faço se quiser... Então conversamos bastante sobre os últimos acontecimentos, examinou BEM o Guilherme, me disse que aquelas bolinhas seriam a comprovação de que o Gui não tinha nada na garganta, ou seriam de uma alergia ao antibiótico, como já faziam 7 dias que ele iniciara o tratamento, mandou suspender, deu um antialérgico, pois o Gui tinha coceira e deu uma serie de exames de sangue e fezes para serem feitos, se possível coletar o sangue ainda naquele dia, descongestionante e sorine no nariz a vontade...

Não conseguimos coletar o sangue no sábado, pois os laboratórios da UNIMED fecham meio dia e saímos do consultório 12:10 (detalhe entramos 10:20, foi uma looonnnggaaa consulta). Na segunda coletamos e os primeiros exames foram ficando prontos. Foi detectado uma anemia, associada a quantidade alta de leucócitos, que sugeriria algum processo infeccioso, mas o streptococo (que seria o da garganta) deu negativo... Realmente não foi a garganta que causou a febre (Putz, ele tem razão mesmo não vendo o Gui e mesmo eu tendo ficado com raiva dele). Ok, engulo o meu orgulho e volto a tecer apenas elogios ao pediatra... mas ainda acho que estava na hora de o Gui tomar antibiótico nem que fosse pra febre sumir logo...

As manchinhas permaneceram no corpo até a quinta feira dia 12 e a secreção no nariz quase não existe mais. Agora só ficou a duvida se foi uma espécie de rubéola (que eles chamam de sarampo alemão) ou realmente alergia ao antibiótico, mas isso não me vem ao caso... O importante é que o guri tá melhorando...

Agora eu (que sou totalemente atrapalha e fico indo e vindo no texto), volto lá para o inicio... O Instinto lembram???

Desde que o Gui começou a tomar o Tryleptal, não conseguimos acabar com a diarreia... e eu SEMPRE pus a culpa no remédio... Pois na longa consulta com o Marcelo, falei que realmente havia a mensão de distúrbios gastrointestinais como constipação ou diarreia. Ele foi pesquisar na internet e realmente admitiu que ele pode ser o culpado...

Foi o suficiente para eu diminuir a dose pela metade... simplesmente decidi por minha conta e risco que a dose da manhã seria banida e pronto... Se desse m... e ele voltasse a ter uma crise, eu aumentaria a dose novamente e pronto.

E assim temos feito, o Gui toma o remédio somente a noite, não dorme tão bem quanto antes, mas dorme e não tem diarreia. E o apetite está começando a voltar também... já come super bem bife com arroz, um pouco de nugets, pão, bolacha, iogurte... Nada de legumes e verduras, mas como voltou a comer alguma coisinha, pra mim já está bom...

Semana passada voltamos a homeopatia, espero que mais uma vez ela resolva o nariz entupido e acalme o sono... Acredito ser só uma questão de tempo....

E como nossos últimos 2 meses foram um caos, espero que até o final do ano agora sejam só boas noticias....

O que me conforta é que apesar dessa sequencia de acontecimentos ruins, ele não tem nada grave, não se abateu em nenhum momento e nunca deixou de ser o menino alegre e serelepe de sempre... Continua falando tudo, conta de 1 até 10 (as vezes erra, mas conta), continua muito carinhoso... E agora descobriu as comparações...

Se vê um avião no desenho, corre pro quarto, pega o avião de brinquedo e diz “Igual esse aqui”. Se vê um peixe, a mesma coisa “igual esse aqui”...

Mas o auge da fofurice foi na sexta a noite, ele estava olhando o filme “procurando Nemo” e no inicio do filme, o peixe pega na mãozinha, uma bolinha com o filhotinho do Nemo (a ova do peixinho) e fica alisando e dizendo “papai tá aqui, vou cuidar de vc...” No sábado pela manhã, o Gui me anda com uma pedra do meu vaso pra cima e pra baixo... Vou quietinha espiar e adivinhem o que ele estava fazendo??? Alisando a pedrinha e dizendo “papai tá aqui com vc...” um amor!!! Não tinha como não encher ele de beijos... Ontem fui colocar a jaqueta dele na máquina e adivinhem o que tinha no bolso?? A pedra... Ai que coisa gente, eu quase afoguei o filhote de Nemo dele!!!! Hahahaha....

O post ficou longo, mas é que haviam muitas coisas para contar....e que a partir de agora, sejam só coisas boas.... Nos aguardem estamos de volta!!!!!