segunda-feira, 12 de março de 2012

Mãe vira super??? Não, mas deveria!!!!

Vínculo. Essa palavra não sai da minha cabeça...
Sempre ouvi muito falar sobre o vínculo mamãe bebê e nunca duvidei que ele existisse, mas o vínculo bebê-mãe, na minha vã filosofia de mãe de primeira viagem, pensei que diminuísse com a idade do bebê.
E como apavorantemente descobri a pouco tempo atrás que eu não tinha mais um bebê, achei que esse vinculo estivesse prestes a virar uma via de mão única....
Então no sábado, depois da consulta de rotina do Gui (no qual ele tirou nota 10 com louvor do Dr. Marcelo), chegamos em casa com o Gui dormindo. Como ele havia acordado a todos as 6:30 de sábado (oh God) e eu estava novamente com uma enxaqueca daquela, não pensamos duas vezes. Pimba, os 3 pra cama.
Por volta de 3 da tarde, me acordo com muita dor de cabeça e vontade de ir ao banheiro, desci e passei muito mal, achei que estivesse tendo um AVC. Consegui tateando pela casa voltar ao andar de cima e chamar o Alexandre (não adiantava gritar, pois estávamos com o ar ligado e a porta fechada). Me deitei na cama e fiquei, quietinha, no escuro esperando a dor insuportável e o formigamento pelo corpo passarem. Com esse furdunço, claro que o Gui acordou e me chamou.
O papai pacientemente explicou pro Gui, que a mamãe estava dodói (diga-se de passagem que nesses dois anos do Gui, eu nunca fiquei dodói). Ele veio até mim, passou a mão no meu cabelo, tirou a franja do meu rosto e me deu um beijo.
O Ale tentou distraí-lo para que eu me recuperasse, colocou a sunga, levou pra piscina, pois o Ale também se surpreendeu com a atitude dele, dava a nítida impressão de saber o que estava se passando, e por isso mesmo não queríamos que ele ficasse ali, acho ele muito novinho para saber o que é o sofrimento de uma dor, uma doença.
Por vezes o Ale o distraia na piscina, mas era como se algo o lembrasse de mim, e ele saia correndo, molhado e pingando pela sacada toda e vinha até o quarto, colocava sua cabeça (molhada) sobre a minha e ficava paradinho ali até o Ale vir buscá-lo novamente.
Como pode uma criança tão pequena não esquecer que eu estava deitada lá?? Como pode ele tão pequeno se preocupar comigo??? Acho que o nome disso é vínculo. Acabei que não fui no médico no sábado, mas notei que não estava no meu normal, parece que eu fiquei com o raciocínio mais lento.
No domingo me sentia melhor, apenas com a cabeça dolorida, como se tivesse levado uma pancada muito forte. Mas na segunda quando fui trabalhar, conversei com o médico da empresa, que me recomendou procurar atendimento, pois poderia não ser nada, mas poderia ser muita coisa.
E assim o fiz, chegando ao hospital, descobri que além da dor de cabeça eu estava com pressão alta. Agora é descobrir se a dor forte fez a pressão subir, ou se a pressão alta é que tem causado a dor de cabeça...
Mas como fiquei muito tempo fazendo medicação no soro, tive tempo de pensar em alguns últimos acontecimentos... E realmente derrubar a minha teoria de que o vínculo do bebê-mãe, diminui com o passar do tempo...
Me lembrei de outro dia em que estava de "cabeça cheia" e resolvi deixar o Ale falando sozinho e sair sozinha de carro. Apesar de não termos "discutido" na frente do Guilherme, ele sentiu que algo estava errado,  imediatamente se levantou da sua brincadeira e me pediu colo. Me beijava e me abraçava com tanta força que eu não conseguia caminhar em direção a porta. E quando tentei explicar que a mamãe iria dar uma saidinha e já voltaria, me lembro bem que ele colou seu nariz no meu e não tirou. Eu tentava explicar que sairia, mas em seguida voltaria, e Guilherme continuava ali, firme com o nariz colado no meu e balançava a cabeça negativamente.... Acabei desistindo e fui esfriar a cabeça no chuveiro mesmo. Ponto pro zagueiro Guilherme.
Vínculo, com certeza isso explica tudo... Realmente quando as coisas não andam muito bem, Deus manda um anjo se materializar em filho e cuidar da gente... Vínculo??? Ele existe sim, e é uma via LARGA e de MÃO DUPLA aqui em casa, Graças a Deus.

Ah, e quanto a mim???To bem, o diagnóstico foi de enxaqueca somada ao estres, volta ao Neuro para rever o tratamento da enxaqueca e desacelerar. E o Gui??? Continua cuidando de mim, ora se beijo de mãe cura batida, corte e machucado, porque beijo de filho, não pode curar enxaqueca??? Via de mão dupla lembram???

2 comentários:

  1. Aii Cátia q amor!!!! Realmente esse vínculo é pra vida tda!!!

    Não dá pra imaginar nossa vida sem eles né??

    Quanto a enxakeka te cuida né guria!!!

    Beijao

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  2. Querida, esse vínculo sempre vai existir! São uns anjos mesmo, né? Não tem como negar! Bjos e te cuida.

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