quinta-feira, 29 de setembro de 2011

os primeiros dedinhos a gente nunca esquece!!!!

Essa tive de voltar pra contar.
Hoje tá fazendo um calor fora da época aqui em Porto Alegre, e todos os domingos a noite, eu arrumo a malinha p/ a semana do Gui, a fim de evitar aquela coisa de tar carregando roupa pra cima e pra baixo todo o dia, mas no domingo aqui em Poa tava Frio... o resultado?
Nenhuma roupa curta na mala do Guilherme.
Mas a vóbabona, sempre tem uma solução pra tudo... Fui almoçar meio dia e me deparo com o Gui de bermudão e sandalia.... Um sarrinho minha gente, o bermudão foi um presente pra um menino que ela acabou não indo na festa e quando o encontrou de novo, não servia mais, me disse que ele foi comprado antes mesmo do Gui nascer, e a sandalinha, ela tinha comprado daquelas de plastico no homem aranha pra ele usar com meia, me disse que o pé ficava mais a vontade e ele corria melhor, na minha opinião só facilitou a vida dele, visto que ele tirava a sandalia e corria só de meia. (e vai a mãe desencardia a meia depois né.)
Mas detalhes a parte, como o título do post sugere, que eu me lembre o ultimo calorão acabou logo em março do ano passado, com o Gui tendo pouco mais de 1 ano (ele fez um ano em fevereiro), e desde então não usava sandalia sem meia, ou chinelinho... e acho que ele não se lembra de como é isso, pois meio dia quando cheguei em casa, ele desfilava seu bermudão (exibindo-se), mas parava e remechia os dedinhos na sandália e ficava se olhando, como se não entendesse bem aquela maravilhosa "liberdade". Não sei o que passava na sua cabecinha, mas era muito engraçado ele mecher os dedinhos e se rir...
Comentei com o Papai que ficou doidinho pra ir ver essa cena, e eu como ADORO o calor.... QUE VENHAM MUITOS DIAS DE DEDINHOS NERVOSOS para meu filho brincar a vontade de chinelinho de dedo e regatinha. Ou de sunga de patinho em sua piscina de plastico... AMO MUITO TUDO ISSO.

Essas fofices dos pequenos...

Cama compartilhada, a saga continua...

Mais um capítulo da nossa novela... eu ainda falei ontem pra cochichar bem baixinho que estava dando certo... Pois é...
O moço ontem estava ligado em 220v. tudo por conta da obra do vovô. Meu pai ontem estava carregando britas pra dentro do pátio. Imagina a faceirice do Guilherme, com ferramentas espalhadas pelo pátio e sujeira pra todo o lado. Sua roupa suja e sua cara de satisfeito (pra não dizer sapeca) denunciavam que a farra estava das boas.
Mamãe o leva pra casa e quem consegue colocar o moço pra dentro e dar banho?? Afinal ainda tinha um pouco de luminosidade natural na rua. Papai se esmerou na tarefa de fazer o pitoco se divertir mais um pouco e quando a luminosidade se foi, viva a energia elétrica... Corria e gritava de felicidade pelo pátio todo. Nunca vi criaturinha pra gostar de brincar tanto na rua.
Perto das 20 botei ordem na casa, guri pra dentro, janta e depois perto das 21 banho. Mamãe caprichou no banho, sabonete hora do sono, xampu hora do sono, talquinho hora do sono...pijama e subimos pro quarto.
Um pouco de desenho sem agitação, mais uma mamadeira e a mamãe começa a cantoria pra dormir e cadê o sono??? PARECIA UMA MINHOCA se contorcendo na minha cama... com alguma resistência e uma EEENNNNOOOORRRRMMMEEEE dose de paciência consegui fazê-lo dormir, mas um sono muito agitado. Se virava pros lados a todo instante.
Mas ainda assim insisti em colocar no berço, para não quebrar a rotina. Mas não durou nem 20 minutos, sentou no berço e ia acordar...
Intervi na hora. Coloquei na nossa cama e nanei ele de novo. Dormiu, mas continuou a se debater por toda a madrugada... nem tentei devolvê-lo pro berço. Conheço o Gui e já tinha achado que nessa noite não ia rolar.
Mas sou brasileira e não desisto nunca, hoje vamos a mais um capítulo. Ainda acredito que o sono agitado dessa noite, possa ser em função do dia agitado que ele teve ontem. Por tudo que correu e “ferveu a caçuleta” como diz a vovó, devia ter dor no corpo, nas perninhas... deveria doer tudo... ou será que devo ligar pro SAC do produto de banho que usei que diz “hora do sono” e perguntar se não há chance de no lote que adquiri ter sido colocado energético????? Vai saber né.... aguardem os próximos capítulos.

Hoje antes de irmos para nossa casa, quero ir com o Gui na igreja. Desde o feriadão de 20 de setembro, soube de três mãezinhas que perderam seus pitocos. Duas pela internet e uma em nossa família. Essa em especial tentava engravidar ha algum tempo e pegou seu positivo no inicio da semana e o perdeu no final da semana. Mas nem por isso ela é menos mãe que nós. Afinal o amor por aquele serzinho já se instalara em seu coração, e depois que esse bichinho (o amor de mãe) morde a gente, não tem como arrancar isso do peito. Vamos hoje fazer uma oração por esses anjinhos e pelas mamães que aqui sofrem...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cama compartilhada. Inicio do fim??

Será? Tenho até medo de comentar.
Mas lá em casa funcionou assim até domingo, dia 25/9. O Gui quando nasceu, tinha o berço no quarto dele, e tinha um desmontável no quarto da mamãe.
Depois da licença, mamãe emprestou esse desmontável pra vovó e até levou o berço do quarto dele, pro quarto da mamãe, mas confesso que se ele dormiu o primeiro mês no berço, foi muito.
Guilherme só mamava no peito, mas com pouco mais de 30 dias, foi atacado pelo terrível mal das cólicas. Isso lhe acompanhou ate aproximadamente 7 meses e meio, mesmo tendo iniciado com a formula, suquinhos, comidinhas, nada amenizou esse problema.
Elas eram com hora marcada, começava por volta de 7 da noite e só terminavam as 4 da manha. E pra ajudar o mocinho (pra não dizer bezerrinho), mamava de 2 em 2 horas. Que período terrível, não gosto nem de lembrar. Acabou que Papai e mamãe exaustos ao cubo, levaram Guigui pra cama, mas nem assim resolvia... o que aliviava na verdade, era ele dormir em cima da gente.
Pegou o costume e quando passou o problema das cólicas não havia Cristo que o colocasse no berço. Estávamos tão desesperados por uma noite de sono, que não nos importamos. E como a cama é grande, deixa ele lá.
Mas na semana passada, me dei conta que poderíamos estar perdendo o controle da situação. Depois da cirurgia, ele passava o tempo todo agarrado no meu pescoço, inclusive dormindo.
E isso tava acabando com minha coluna, não podia trocar de posição e decidi que tava na hora... Passou o final de semana, conversei com ele na hora de dormir e disse que estaria ali no ladinho dele. (vamos por partes né. Depois a gente passa o berço pro quarto dele). E fiz assim, dei banho, botei seu pijaminha, levei pra minha cama, dei mamazinho, e expliquei que iria dormir agarradinha com ele, mas depois colocaria no bercinho.
E assim fizemos... depois que ele pegou no sono, o coloquei no berço. Fiquei assistindo um filme, e ele quietinho até a meia noite. Nesse horário começou a se retorcer... pensei, foi pro espaço, ate que durou muito. Coloquei na minha cama, troquei a fralda que tava explodindo de xixi, dei mais um mama (ele ainda toma 1 ou 2 mamadeiras por noite) e ele dormiu...
O devolvi pro berço e ele foi até 4:15 da manhã, tranqüilo e sereno... Eu que não dormi nada, olhava toda hora se estava quentinho, se estava tapado, coisa que ele detesta... As 4:15 o coloquei na minha cama com medo que acordasse, afinal as 6 mamãe tem de tomar o banho sagrado de cada dia...
Achei a primeira noite muito proveitosa.
Nossa segunda noite, que foi ontem, a mesma rotina, banho pijama, mama, cantoria e berço depois de pegar no sono... Mamadeira as 2:15, troca a fralda (como faz xixi esse menino de madrugada)  e berço de novo... e o que aconteceu???? NADA minha gente, ele dormiu até as 6:15 direto, sem de debater, sem se virar...
Levantei as 6:00 e fui tomar meu banho, quando subi de volta pro quarto, tava Guigui acordado tomando leite com o Papai e muito faceiro, com a cara de quem dormiu muito bem...
E eu claro, fiquei chocada com a maturidade de meu filho... o Ale ainda comentou que tinha sido mais fácil do que a gente imaginava...
Mas ainda não quero comemorar... acho que ainda teremos uma LONGA caminhada ate o berço ir pro quartinho dele, mas pode cochichar por ai, que lá em casa tem dado certo, pelo menos por enquanto.... mas cochicha bem baixinho tá...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Do nosso final de semana

Pois é, sábado não tinha natação... Dr. Fraga não liberou o Gui pra voltar ainda... Pensei em subir a Serra e pagar uma das minhas Promessas pela Cirurgia dele, mas sábado era uma data especial. Era aniversário da amiguinha (namorada) dele, Cibele. A mamãe Damy fez uma festinha em casa pra ela, daquelas à moda antiga que eu ADORO... No ano passado, para o badalado 1 aninho da moça, fizeram em uma casa de Festas e o Guigui foi de gravata pra agradar o sogro...Mas esse ano tudo era bem mais simples e mais informal. Arrumei ele BEM bonitinho e atravessei a rua pensando... HOJE ELE VAI SE DIVERTIR...
Pois é. Nem tanto assim.... Quando chegamos, apesar de ele conhecer todo mundo, se grudou no pescoço e não queria se quer sentar em meu colo... Fiquei até um pouco assustada, pois normalmente ele se enturma super rápido, ainda mais com crianças que ele já conhece... Mas sem pressão, fui aos poucos tentando enturmá-lo. Comeu salgadinho, bebeu refrigerante, mas tudo no meu colo... Será que ainda é efeito do acordar na cirurgia sem a mamãe???
Mas paciência de mãe, esperei o tempo dele... depois de uma hora aproximadamente, ele resolveu pedir pra descer... Aleluia... Esse é o meu Guigui. Brincou com as crianças, correu na volta da piscina (que estava coberta, mas mesmo assim deu uma canceira no Papai). Se divertiu bastante... Quase escurecendo resolvemos ir pra casa, pois o ventinho começava a esfriar... Levamos duas fatias de bolo pra casa...
Dei outro banho, botei pijama, dei papazinho, e Gui foi brincar... peguei minha fatia de bolo (feito pela Vovó da Belle) e sentei no sofá.... Quando vem Guigui correndo e pede QUÈÈÈÈÈÈ... o bolo??? QUÈÈÈÈÈÈ. Ok mamãe dá, uma colherinha não faz mal né.... uma, outra, e outra.... e uma fatia será que faz mal????? Espero que não, pois ele comeu a fatia TODINHA.... e quando bati no prato anunciando que ele havia comido tudo tudo, ouvi um “MAIS, MAIS”. Que dó, mas 10h da noite não era hora de bater na casa da sogra pra pedir mais bolo né filho...
Engambela daqui e dali, esqueceu....
No domingo, fomos almoçar na Bisa, viriam uns primos de cachoeirinha e a festa tava garantida... e junto com os primos o Biso ganhou um presente . Um PATO. Sim, um pato. O Gui, bicheiro como só, ADOROU o pato, passou o dia na volta do bicho. A gente dizia que o patinho tava dormindo e ele saia de lá... daqui a pouco tava pendurando no portão, chamando Guin guin, e fazia com a mãozinha o sinal de vem... um amor... Agora quero ver a coitada da vó hj, vai passar do dia indo e vindo da casa da Bisa por causa do tal pato... Mas laranjeira só dá laranja... a mamãe aqui cada vez que ia pro interior na volta tinha de trazer um bichinho de estimação, ou galinha, ou pato... uma vez por falta de opção até um porquinho....
No fundo tenho pena na verdade de o Gui não ter tanto contato com a natureza quanto eu tive, pois hoje não temos mais parentes no interior... e diga-se de passagem que o Papai, não é muito chegado em bichinhos, mas sempre que tenho oportunidade, gosto desse contato, ainda mais que salta aos olhos a adoração do Guilherme por bichos.... Já contei no dia da cirurgia sobre as abençoadas tartarugas... Quando ele era menor, passamos uma tarde no zoológico, mas ele ainda estava meio pequeno pra tanta novidade... Temos logo que repetir a dose.
E assim foi o final de semana. No domingo a noite, ele comeu pra caramba de novo, e teve um pouco de cólicas logo ao deitar, mas nada que um antigases não resolva...

E assim foi, é muito bom ver como está crescendo e se divertindo. Isso me enche de orgulho.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enfim, o relato da cirurgia.

Ah, como é bom ser criança e não se ter a real noção do que está acontecendo... Na sexta feira dia 16/9 as 14:30 estava marcada a tão temida cirurgia (temida pela mamãe e pelo papai, o Gui nem desconfiava). As 12:30 teriamos de estar no Hospital de Clinicas.
A ultima refeição estava marcada para 8:30 da manhã, depois disso nem água.
O Gui acordou as 7:30 e secou a mamadeira, beleza, dentro do planejado... As 8:15 resolvi fazer sua comida preferida (miojo, arghhh), mas tu adoras. Pensei que seria a única coisa que vc comeria nesse horário. Não comeu o prato cheio como de costume, mas comeu mais um pouco... pediu uma bolacha, comeu metade e te empurrei um chocolatinho pra te sustentar.
Colocamos as malas no carro (mamãe exagerada, com medo de passar a noite no hospital, fez uma “malinha básica”), te coloquei um abriguinho bem confortável para brincares bastante e se fomos para a pracinha...
Chegamos lá, foi só alegria, balanço, laguinho, as abençoadas tartarugas... como elas te tomaram atenção e tempo meu filho... e nós achando o máximo. Depois desse dia, depois do elefante, meu bicho preferido ficou sendo a tartaruga... brincamos muito na pracinha até as 11 horas, então fomos ao shoping para trocar tua roupinha e te comprar um brinquedinho novo a fim de ter novidades a te distrair no hospital. Ganhaste dois carrinhos que tocam musiquinhas  e ADORASTE.
Colocamos na cadeirinha e eu comecei a rezar, pedindo a Deus que dormisse. Mais uma vez Ele me atendeu. Chegamos no hospital e Papai ficou contigo dormindo no carro e eu  fui autorizar os papéis, andei por todo o lado. Mas consegui.
Depois de tudo autorizado cheguei ao local do preparo, pensei que poderia te trazer somente próximo das 14:30, mas não. As 13h tive que te buscar no carro e te levar pro preparo. Nos deram uma salinha preparada. Te coloquei a camisolinha e eu vesti a roupinha verde... Gui não gostou muito, mas começamos a elogiar e ele como sempre se sentindo o máximo, se achando a ultima bolachinha do pacote.
Eram aproximadamente 13:40 quando começastes a te irritar, brincava de carrinho, caminhava pelos corredores, conversava com as enfermeiras, mas nada mais te acalmava e começaste a pedir mamá.... Ai meu coração doía, mas não podia te dar... o Papai não podia sair da sala, pois não tinha a roupinha... então comecei a caminhar contido pelos corredores e a cantar, tinha algumas coisas diferentes pra tu olhar e por vezes te distraía, mas logo começava a chorar e te irritar de novo...
As 14:10 o Dr. Mauricio me catou no corredor e se apresentou a mim, era o anestesista... me mostrou os instrumentos lacrados que usariam na tua cirurgia e me tremeu as pernas, um nó na garganta. Voltei pro preparo e disse pro Papai que logo viriam buscar a gente.
As 14:40 vieram me chamar, fui ate a sala de cirurgia, entrei e o Dr. Fraga já estava esperando. Chorando bastante, deitei-o na mesa e tivemos de segurar com força, pois com o choro, ele se debatia muito e demorou a dormir. Dormiu soluçando, tadinho. A enfermeira comentou comigo o quanto tu era forte. Dei muito beijo e tive de sair da sala....
No corredor a enfermeira me acompanhou até o preparo de volta e disse que eu tirasse logo a roupa, pois seria muito rápido e em seguida já me chamariam na recuperação para que quando o Gui acordasse eu já estivesse ao lado dele. Falei isso pro Papai. Esse era o combinado, que acordasse na recuperação comigo junto.
Não agüentei esperar no preparo e fui pro corredor... Uma enfermeira me disse que eu não poderia esperar ali... nesse momento ouvi gritos e choro... Tinha certeza que eram do Gui, o pânico se instalou no meu semblante, tenho certeza disso. Disse pra enfermeira: -É o meu filho que ta chorando... Ela riu e me disse que não poderia ser, que ele ainda estaria dormindo. Insisti, mãe conhece o choro do filho. Olhei pra porta do preparo e o Ale tinha ouvido também. E estava com a mesma cara que eu fiz. A enfermeira então se ofereceu para ir ver se realmente era o Gui.
Demorou um pouco, mas quando voltou, já me disse pra entrar na recuperação que já estavam te trazendo.
Entrei naquela sala enorme cheia de crianças em seus leitos e mamães sentadas ao  lado e juro que não vi ninguém na hora. Só via um bercinho no fundo em outra salinha e uma enfermeira tentando te manter deitado. Acho que corri, não sei, mas acho que corri...
Te peguei no colo e comecei a tentar te acalmar, mas não conseguia. Chorou em meu colo por 40 minutos, (pelo menos foi isso que anotaram na ficha) Dr. Fraga veio falar comigo, mas só lembro de balançar a cabeça e não lembro de nada que ele me disse. Nesse tempo vieram mais duas crianças pra mesma sala e as duas estavam dormindo, dando tempo para a mamãe chegar... e só o Gui não? Ficou uma minhoca na minha cabeça.
Como não se acalmava, após 40 minutos liberaram a mamadeira. Papai mandou 2 logo, a enfermeira ainda riu, mas Papai é sábio e insistiu. Leva as duas, ele vai tar com fome...
Secou a mamadeira, se aninhou no colo e dormiu... suspirava, choramingava, mas dormiu.
Então liguei pro papai e dei noticias a ele. Tadinho do Papai, até então só sabia o que as enfermeiras lhe falavam...
Acordou e secou a segunda mamadeira. Diante disso (duas mamadeiras secadas) a enfermeira cogitou a hipótese de nos liberar... Já passava das 18:30.
Trocamos a roupa e saímos rumo a casa da vovó... Foi o caminho todo rindo, brincando, olhando os ônibus e os guinguim (caminhão), na casa da vovó, foi brincar de carrinho e bicicleta com o vovô, nem parecia que tinha sido operado.
Papai e mamãe foram comer, pois o papai ainda tomou café da manhã, a mamãe nem isso, a comida de manhã não descia. Meu corpo doía tanto que parece que eu tinha levado uma surra. Papai tinha piorado da garganta lá no hospital mas agüentou no osso pra não nos deixar sozinhos.
Era coisa simples, todos me diziam... Mas descobri que no filho da gente NADA é simples, nem cortar uma unha é simples se for feito num hospital. Ainda mais cortar a língua... não gosto nem de lembrar.
Mas o feriadão se passou tranquilamente, no sábado ao acordar, fomos a padaria e Gui voltou comendo um cassetinho, chegou em casa e pediu mais um. Diante disso me tranqüilizei, pois não deveria ter dor alguma. Ainda brinquei com o papai e junto com a língua, devem ter cortado o fundo do estômago, pois comia muito bem, hoho.

Ontem tinha retorno no Dr. Fraga, e eu tinha uma lista de perguntas a fazer. Queria saber por que tinha acordado na sala de cirurgia, cheguei a pensar que poderiam ter terminado de suturar acordado. Fico imaginando o pânico que ele sentiu ao acordar num lugar estranho, com gente estranha... Maluquices de mãe, eu sei, mas não podia parar de pensar nisso. Ainda me dói muito pensar nisso, mas me tranqüilizou ouvir do Fraga que eles estavam retirando o afastador da boquinha dele, quando ele acordou. Me disse que foi até bom, pois eles não usaram uma sedação muito forte, mas como o Gui é muito bravo, nem tentou reconhecer onde estava, já botou a boca no mundo e quando a enfermeira foi o tirar da mesa e colocar no berço, ai que o bicho pegou.
Me disse ainda que não há memória disso, mas quanto a essa parte de não ter memória, tenho minhas dúvidas. Pode ser que o Gui não se lembre no futuro, mas hoje tenho certeza que ainda lembra de ter acordado sozinho. Ele ainda dorme agarrado ao meu pescoço (agarrado mesmo, a ponto de acordar cada vez que levanto da cama). Chorou muito na quarta feira pra dormir a tarde com a vovó e chamava pela mamãe. E quando acorda de noite, e vê a mamãe de um lado e o papai do outro, ainda suspira como se estivesse aliviado, como quem pensa... Ufa que bom, dessa vez estão aqui....
Muitas dúvidas ainda rondam minha cuca maluca.... se doeu muito, se realmente era necessário te fazer passar por esse sofrimento, se realmente foi melhor ter acordado logo (essa eu duvido, por melhor profissional que o Fraga seja, seria melhor acordar no colo da mãe), mas segundo teu pediatra e o próprio Dr. Fraga, a lingua tava presa muito na ponta... poderia interferir até na alimentação em um futuro próximo. Pelo menos me consola um pouco pensar assim, mas tomara que nunca mais passsemos por uma dessas...
Disse a uma amiga-mãe-blogueira, que Deus não dá uma cruz maior do que tenhamos capacidade de agüentar... Ainda bem que a minha foi pequena, pois se o Gui tivesse algum “problema maior”, acho que realmente não conseguiria carregar...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

resultado da cirurgia

Oi, passo rapidinho pra dizer que foi tudo bem. o Gui está se recuperando super bem, nem parece que mecheram em sua boquinha... come igual antes (ou até mais que antes).
Só preciso esclarecer uma coisa com o cirugião amanhã, para contar os detalhes da cirurgia, mas como não quero ser injusta, prefiro falar com ele antes.
Fiquei desconectada no feriadão, pois tinha um mocinho pendurado no meu pescoço 24h por dia (sem exagero, pois ate dormindo era assim) e as vezes que levantei para ir ao banheiro, ele acordou.
beijos e volto amanha pra contar como foi com detalhes.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Semana corrida e da minha indignação

Pois bem, estamos numa correria danada em função da cirurgia que realmente foi marcada pra sexta (maravilha, quero logo resolver esse probleminha que anda me tirando o sono)... Mas vamos aos relatos...
Na quinta á noite fomos autorizar a cirurgia no convênio e descobrimos que por um erro de digitação de um funcionário que esquece que do trabalho podem estar dependendo vidas (sim, imaginem sofrer um acidente de carro, ser removida ao pronto socorro, avisar que os melhores procedimentos devem ser feitos, pois se paga um bom convênio e caro e descobrir que o convenio não cobre), nosso convênio estaria amparando apenas consultas e exames laboratoriais. TIVE UM XILIQUE... Como assim? A atendente me olhou com cara de paisagem e me disse que não poderia autorizar nada... Como já relatei aqui antes, o Gui caiu uma vez e bateu a cabeça e precisou de uma tomografia. Imagina chegar ao hospital e descobrir isso?? Só quero o que é meu... Liguei na hora pro corretor que me garantiu que no outro dia pela manhã estaria resolvido. 8:00 da manhã já to pendurada no telefone cobrando dele a solução, e juro que não dormi nada bem naquela noite pensado em tudo que poderia ter acontecido, mas graças a Deus não aconteceu.
Mas gera transtorno, no outro dia se desloca até o convenio pra resolver o mal entendido... Ai tem que se ouvir da moça com cara de deboche que pergunta: “conseguiu que liberasse esse procedimento em especial pra senhora??” (sim porque ela não acreditou quando disse que era erro do convênio). Ouviu um sonoro NÃO, consegui o que é meu por direito... Faz favor de conferir ai se sobrou uma carenciazinha se quer pra contar história. (deveria ter filmado a cara dela pra postar aqui).
Mas resolvido isso, no sábado tínhamos um aniversário de 15 anos para ir, ainda pensei, legal, vamos aproveitar, pois o Gui dorme tarde mesmo... Mas uma que ele apronta pra me desmentir. Em casa é um brigueiro pra ir pra cama... antes das 22:15 só se for amarrado. Grabriela estava linda em seu vestido vermelho, entrou minutos antes das 22 no salão e o Gui??? Dormiu antes de ela dançar a valsa e do jantar... que decepção...
Lá pela meia noite eu já estava com o braço dormente (o salão não era muito grande e não tinha nem onde estacionar o carrinho, nem um lugar seguro pra fazer uma caminha no chão) optamos por ir pra casa cedo mesmo... No domingo pela manhã que hora o Guigui acorda?? 7:15 (oh droga) e haja fôlego, vambora...
Na madrugada de domingo para segunda, papai teve febre e me deu um susto, mas não precisamos correr para o hospital (saiba logo filho que papai convulsiona com febre e mamãe tem de brincar que o carro é ambulância) mas essa historia é pra outro post.
Na segunda como ele é teimoso, foi trabalhar. Chegando em casa a noite, papai tinha febre...Resolvi que iria levá-lo ao hospital, pra evitar brincar de ambulância de madrugada...
Chegamos ao hospital por volta de 19:30 e me choquei com o que vi...
CARACA não tem como não se indignar. Havia pessoas idosas sentadas em cadeiras de rodas desde as 14 horas... Na entrada haviam vários cartazes dizendo que atendimento pediátrico estava suspenso. Nós temos convênio e não esperamos mais de 20 minutos para sermos atendidos, mas o Ale foi pro soro e eu fiquei assistindo de camarote o caos que esta a saúde (publica e privada, visto que após as 18h o mesmo médico atende as duas situações). Uma mãe chegou com uma menina de +/- 3 anos no colo e pediu ao atendente, moço, não tem pediatra?? NÃO, responde o atendente. O desespero se instalou no semblante daquela mãe e sem pensar perguntou quase sem forças... o que eu faço? Pra onde eu vou?     Não sei, respondeu o atendente como se ela segurasse um pé de alface no colo e não uma criança... Tive vontade de colocá-la dentro do carro e levar a outro hospital, de repente ela nem sabia mesmo pra onde levar a filha, podia nem ser de POA, a ultima frase que entendi ela dizer foi “Meu Deus” e o atendente continuou assistindo a novela.
Não tem como não se envolver, não tem como assistir aquilo e não se indignar... é muito descaso. Não acho justo que a gente pague por um convenio e espere horas por atendimento, mas também não acho justo que o pobre velhinho sentado na cadeira lá dentro espere desde as 14 horas e não seja atendido, pois provavelmente ele contribuiu ao INSS por sua vida toda. Não acho justo o atendente tratar aquela mãe daquele jeito, não acho justo o médico ser xingado quando abre a porta pra chamar o próximo paciente... Não está certo... Se eu pago convênio pra mim e minha família, o valor do meu INSS teria de sobrar pro atendimento do velhinho na cadeira de rodas... Mas no Brasil isso é uma conta que não fecha. Como que um hospital de referencia em Porto Alegre( a PUC nesse caso) não tem plantão pediátrico numa segunda feira a noite?. Eles não tem uma segunda opção caso o funcionário (médico) falte??? Isso não pode acontecer. Cadê o administrador do hospital que não estava ali pra ouvir os clientes (escondido pra não apanhar, eu diria)  SIM, somos clientes deles... Eles só tem salários e empregos porque NÓS pagamos. Eles não estão fazendo favor a ninguém ali...
Olha, sei que o sentimento que eu tive foi de revolta, somado a vergonha, somado a sei lá o que... saímos de lá perto da 11 da noite, com o Ale medicado e sem febre, mas a maioria da pessoas que estavam lá quando chegamos ainda estava sentada lá, esperando, reclamando e xingando o médico, que é um ser humano e também tem saco e perde ele de tanto ouvir xingamento e acaba atendendo todo mundo mal....
No final, penso, penso e não sei o que fazer... Tenho medo do futuro do meu filho... queria poder dizer pra ele que ele tem de crescer, estudar bastante, pra ter um bom emprego, trabalhar durante sua vida pra APROVEITAR a sua velhice, não que ele tem de fazer tudo isso pra “pagar um convenio na velhice”, porque não pode depender do serviço de saúde pública (as vezes nem do convênio)... Queria poder ensinar os verdadeiros “VALORES” pro Gui, e não a necessidade... Mas depois do que assisti essa semana, não sei.
Fico pensando se eu trabalhasse naquele local... acho que teria pirado... Como as pessoas responsáveis por isso (políticos, administradores de hospital, médicos que não aparecem no plantão, o atendente que mandou a mamãe embora sem nenhuma orientação) conseguem ir pra casa e dormir?? Como conseguem não se colocar no lugar daquelas pessoas????????
Realmente não sei o que fazer pra tentar mudar a situação, mas sei não posso ficar quieta...
Reclamei tanto no outro dia que meu pai encheu o saco e me disse que eu não deveria me envolver... respondi que a culpa era dele sim, por ter me ensinado a ter personalidade... Ele me respondeu que não, que me ensinou a baixar a cabeça e obedecer, eu que não aprendi.... Será?? Será que até meu pai já se rendeu a esse modelo nojento de País???? Espero sinceramente que não, que apenas ele estava cansado de ouvir a minha “ladainha”...
Realmente não sei o que fazer, não queria que isso fizesse parte desse blog, não era a intenção, mas não consigo ficar quieta... Como voltar pra casa da minha mãe pra buscar o Gui que estava lindamente dormindo e não pensar naquela mãe que saiu desesperada com a filha...Como olhar para meu avô e minha avó, e não pensar no seu Lindolfo sentadinho naquela cadeira desde as duas da tarde?? Não sei.
SÓ SEI QUE NÃO DEVERIA SER ASSIM!!!!!
Desculpem, mas precisava desabafar mais uma vez e como, mas como queria que tudo isso fosse apenas mais um devaneio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Como ela adora essa frase: NÃO BASTA SER DINDA, TEM DE PARTICIPAR...

Eu havia prometido que o relato do enxoval no centro seria contado por ela, conforme disse aqui, isso mesmo a DINDA... Antes que me digam que o texto é muito pesado para o Blog, confesso que prometi a ela não fazer NENHUMA alteração, nem corte nem correção... Se acharem o texto pesado, levemos em consideração o tamanho dela o tamanho do coração dela... Eu teria contado de um jeito diferente, mas no fundo gosto do humor negro que ela tem (as vezes negro demais). E não posso deixar de agradecê-la por ter deixado de fora o episódio do Big na vespera de dia dos Pais. brigada maninha (quem sabe em outro post???) 


Bem, como minha irmã/ cumadre me solicitou, venho por meio desta contar a minha versão da história, dos vários micos que a minha irmã grávida me fez passar! Ótimo, tínhamos um bebezinho a caminho, tudo era festa, tudo alegrias... Mas não foi bem assim não. Tinha alguns sábados ao mês na qual tinha folga, e a Catia fez questão de ocupar TODOS ELES com idas ao centro, ao shopping, enfim, tudo por conta do enxoval do Guilherme. A primeira ida ao centro de Porto Alegre, ela estava com cerca de 4 meses, nem barriga tinha ainda, então resolvemos que iríamos de ônibus, afinal, “ nem íamos comprar nada”, íamos SÓ OLHAR! Aram.. Acreditei né? Qckac. Já começou a pagação de mico no entrar no ônibus, dei meu cartão de passe pra ela, deixei ela entrar primeiro, ela olha pro cobrador com o cartão na mão e pergunta? “AONDE EU ENFIO??? Putz.. acho que ele até pensou em responder, mas era educado o coitado.....
            Chegamos ao centro, um calorão do cão... E compramos, compramos e compramos, e adivinha quem carregava tudo? Pois bem, acertou quem chutou na gordinha aqui, pois já tinha sido bem recomendada em casa, a nossa, mãe me encheu de recomendações “tu não deixa a tua irmã carregar peso, não deixa ela caminhar no sol.. enfim.... mas em mim ninguém pensava??? Pelo jeito não... Pois não satisfeita em comprar quase o centro todo, ela ainda me fez pegar outro ônibus em direção da Assis Brasil, por causa de um sapatinho que tinha visto lá. Resultado não achamos o sapatinho, e ainda pegamos o ônibus lotado na volta, a Cátia, bem sentada no banco preferencial e eu? Em pé, com um safado tentando me passar a mão.
            Outro episódio que vale a pena relatar foi quando ela já estava mais barriguda, com cerca de seis, sete meses, ela me convenceu a ir novamente ao centro, pois agora já sabíamos o sexo e o enxoval ficaria mais completo, desta vez o Alexandre nos levou até lá, nos poupando de pegar outro ônibus ( vai que ela resolve querer enfiar de novo né?) Chegando lá, na primeira loja que entramos ela se depara com um kit berço ( daqueles completos, com cortina, travesseiro, enfim Enorrrmes) e ficou bem loca!!! Eu quero esse, eu quero esse, ligou até pro coitado do Alexandre para ele vim olhar, mas ele passou a bola e disse que confiava no gosto dela, acho que tava prevendo o mico.
            Deixamos separado o tal kit e fomos comprar outras coisas em outras lojas, compramos de tudo um pouco, tip top, babeiro, mijãozinho, toalhinhas pra eu bordar, enfim, era sacola que não acabava mais, e a mula aqui que carregava tudo, ela só dizia assim “ mãe pode” aliás essa frase foi uma das que eu mais ouvi junto com a que ouço até hoje” não basta ser dinda, tem que participar” putz.. Essa me tira do sério. Mas voltando, já passava do meio dia, fomos almoçar, mc Donald’s sempre! E depois de almoçar voltamos até a tal loja do kit berço, ela comprou o tal pacotão, mais um monte de coisinhas, acabei levando um cobertor pro meu afilhado também, pois era do Pooh e tinha que ser tudo do POOH. Chegando a hora de carregar tudo, a moça do caixa me olha e pergunta: Aonde tá o carro de vcs, que eu ajudo a levar, olhei com uma cara de “cão arrependido” e disse: Não estamos de carro, vamos de ônibus, recebi um olhar de profunda pena....
            Você conhece o centro de Porto Alegre? Se não. Vou tentar descrever, imagine a versão do inferno na terra, é gente pra tudo o quanto é lado, você é empurrado, pisado, esmagado, apertado por todos os lados, e eu sou uma pessoa mais, digamos assim, encorpada sabe? Então já ocupo um baita lugar no espaço, imagina cheia de sacolas, tendo que cuidar de uma grávida e de duas bolsas. Quando olhamos no relógio, faltavam pouco menos de 5 minutos pra lotação sair, e estávamos na metade do caminho, liguei o “turbo” e sai empurrando todo mundo, só gritava com licença e ia passando, chegamos ao ponto e a lotação já estava parada, de motor ligado, eis que a gestante ao meu lado, solta um suspiro e propaga a seguinte =frase: “Ai o GUi tá com sede”P*ta que P*riu!!!! Só olhei pro motorista e disse “ESPERA!!” sai correndo com bolsa, sacola e tudo empurrando mais meia dúzia de gente, pois sabia que na esquina tinha um mercado que vendia água, peguei as águas em questão, furei a fila na cara de pau, e joguei o dinheiro em cima da pobre caixa, nem troco eu peguei de volta, afinal tinha que voltar correndo senão a lotação me deixava..... Ainda bem que o motorista era gente boa e me esperou, até riu de mim... mas isso já é outra história. Bem espero ter ajudado a contar um pouco da história do GuiGUi, paguei muito mico, mas com certeza pagaria muitos mais e faria tudo de novo, pois amo muito meu Zé Ruela, ele foi muito esperado e é muito amado por todos nós. Beijão da tua Dinda querido!!!
Perdoem os palavrões meninas... mas promessa é divida. beijos

Somos espelhos

Essa semana comentei com outra mamãe blogueira, a dificuldade de educar os filhos, eles nos testam o tempo todo... Até comentamos sobre algumas que “gritam muito”. Não sou adepta dessa pratica, até porque tenho um “exemplo ao lado”, onde a mulher BERRA com os filhos e a filha mais velha (com 7 anos) já BERRA de volta, mas não era sobre isso que eu queria falar, até porque isso é fofoca...
Queria falar sobre o ultimo aprendizado do Guigui, ele fez ontem a noite e tive de esmagá-lo ao cubo, pois ao quadrado foi pouco...
Para entender.
Sei que é errado, mas fui criada usando travesseiros de pena. Daqueles que a minha avó, criava o patinho ou o gansinho em casa, esperava crescer, então quando ficava gordinho, a gente fazia uma “tiarnina” (comida de polacos) e as penas mais macias, aquela do peito, a vovó lavava, punha no sol para secar, desfiava para tirar os talinhos das penas... coisas de vó de antigamente sabe. Pois é, a madame que vos fala acostumou com isso e NUNCA conseguiu dormir em travesseiro de espuma...
Como o pitoco anda visitando a cama da mamãe e do papai (mentira, ele se mudou pra lá mesmo) acabou tomando gosto pelo tal travesseiro de penas.
Só que travesseiro de penas embola!!! Vai embolando e fica solinha. Então toda a noite eu dou uma surra no meu, para que as penas fiquem soltinhas. Afofo mesmo, sabe.
Pois então que ontem a noite, quando tentava fazer a minha criaturinha dormir, ele se ajoelha na cama, geme fazendo força pra erguer um travesseiro de penas quase de seu tamanho e o que ele fez??? Começou a afofar o travesseiro, minha gente.
Temos que nos cuidar 100% do que fazemos, pois realmente somos espelhos para os filhos...
Beijos e um bom final de semana...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

das fofices dos pitocos

O Gui ontem tava numa fofice só... era feriado e a Dinda tava em casa... Claro que a Dinda tratou de ensinar uma “peraltice” a mais enquanto a mamãe e o Papai trabalhavam.
Quando cheguei para buscá-lo, minha irmã, claro, tratou de demonstrar a maravilha que havia te ensinado... Catia, olha o que ensinei pro Gui, o cão arrependido...
????? que é isso???? Pensei... Então, me começa ela: “volta o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas... seu osso roído, e o rabo entre as patas.” Um poema do Chaves, lembram?? E o que o Gui fazia??? A coreografia inteirinha....
Apesar da babaquice, fui obrigada a rir e encher o Gui de beijos... Era muito mais fofo que o Chaves fazendo, claro. Hoho
Essa vai pro rol de fofices do Guilherme, dentre elas, dançar a abertura dos backyardigans, (mas só com o papai, a mamãe não serve...), dançar a música do Elvis que toca no teu carrinho (sim, ele ouve rock), e a que eu mais adoro... buscar teu carrinho de fricção, voltar com ele correndo nas mãos e me dar um beijo pra que eu o empurre de novo, dentre tantas outras que tu já faz e as que ainda vai aprender...
Aliás, isso é um tanto curioso, (para não dizer estranho) tem algumas brincadeiras que ele só faz com determinada pessoa... dançar a abertura dos  backyardigans só com o papai, o carrinho de fricção com beijinho, só com a mamãe, puxar o caminhãozinho e o caminhaozão, só com o vovô... cão arrependido, só com a Dinda... Será isso personalidade?? (ou teimosia, olha a mãe tentando se enganar), não sei, só o tempo nos dirá... Agora meu desafio é conseguir filmar, pois é só pegar uma câmera e ele corre colocar o “carão” na frente e não faz mais nada a não ser tentar pegá-la... Mas não desisto... uma hora eu “pego”  suas fofices, até para que possamos rir no futuro....   
E  os seus?? Que fofices andam aprontando???

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

relato do GRANDE DIA

Continuando a nossa historia, como já havia contado até sexta, quando a médica me disse que poderia esperar no máximo até a quarta feira de cinzas. Ok Esperaremos.
Sábado de Carnaval... Gui, vc teve um xilique dentro de minha barriga, um verdadeiro “ataque de pelanca”. Meu amor, não tinha posição que te aquietasse e que eu ficasse confortável, cheguei a ligar pra vovó e dizer para ela que arrumasse a mala (claro que a vovó ia junto pro hospital e pra ficar), pois você parecia decidido a nascer nem que fosse pelo umbigo, mas ficou só nisso...
No domingo, NADA, nada mesmo, vc não mecheu, ficou quietinho emboladinho no lado direito, com o pé na minha costela e nem se movia, parecia querer que o mundo esquecesse que você estava ali. Cheguei a ligar pra Kenya e comentar que tava com medo. Ela me receitou CALMA... ok relaxa mamãe...
Segunda feira de Carnaval dia 15 de fevereiro de 2010... papai levantou as 7 e foi trabalhar, chovia em porto alegre e amenizou um pouco o calor... Mamãe sozinha em casa decidiu que não faria NADA. Levou o lap top pro quarto, decidiu ficar de pijama, assistindo TV e conectada na internet... e o dia não passa... a vizinha tinha ganhado bebê na semana anterior, pensei em ir visitá-las, mas com a chuva, e a idéia de ter de tirar o pijama não me agradaram... acabei desistindo.
Por volta de 4 da tarde, escrevi uma pergunta no site do e-family net e resolvi tomar um bom banho e trocar o pijama, claro que coloquei outro pijama, hahaha...
Tomei um banho demorado e com calma, alisei bastante a barriga, conversei bastante com você, expliquei que tava na hora e que eu queria muito te ver logo, tê-lo em meus braços. E você nada, nem se movia, numa calma fora do comum, já que você se movia bastante durante toda a gravidez... Mas mamãe só ia entender depois o que se passava com você.
18:15 Papai chegou da empresa e a mamãe correu pra abrir a porta, quando cheguei na porta, senti que molhei o pijama... ainda pensei, só me faltava essa... agora no final da gravidez ainda vou me mijar...
Fui pro banheiro e troquei de roupas, subi pro quarto e papai caminhava de um lado pro outro... Disse que ele se acalmasse que tinha sido apenas um escape de urina.
Sentei na cama e me molhei de novo... mas que droga... será que terei de usar fraldas?? Papai mandou ligar pra Kenya... Eu ainda o xinguei, onde já se viu, ligar pra coitada que fazia plantão em um hospital publico no meio do feriado de carnaval pra dizer que to me mijando.... só me faltava essa...
Papai foi teimoso, pegou o telefone e ligou pra ela, ela me disse que poderia ser sim urina, (visto que o liquido não tinha o tal cheiro de água sanitária) mas que a essa altura ela queria me ver para passar a noite tranqüila... ok, peguei a tua malinha e desci as escadas... tive um ataque de riso ao dar de cara com teu pai com  o nariz enfiado na garrafa de água sanitária pra ter certeza de que minha roupa não estava com aquele cheiro.
Fomos ao hospital que Kenya estava de plantão, quando cheguei lá, ela me viu e me disse... Nossa já estão aqui?? Que rápido... hehe até parece que ela não conhecia teu pai...
Me examinou e decretou “bolsa rota”... Como assim?? Legal, vamos começar com as dores e o parto logo aconteceria...
Não, a sua bolsa estourou, mas você não tem nada de dilatação... Mas peraí doutora? To em trabalho de parto ou não? Cadê a dor???
Ela calmamente me explicou que eu teria duas opções poderíamos esperar até a manhã seguinte e rezar pra dilatar, coisa que ela achava que não iria acontecer... Ou irmos para  o Hospital que escolhi, que estaria vazio e calmo em função do feriado e fazermos uma cesárea as 10 da noite...
Por se tratar de uma médica extremamente adepta ao parto normal, achei interessante levar em conta sua opinião que achava que eu não iria dilatar... perguntei se ela estivesse no meu lugar o que ela teria feito?
Ela me disse que a chance de eu dilatar era mínima, o exame de toque não mostrava nada de sinal de dilatação, eu não tinha nada de dor, alias nem acreditava muito que tinha chegado a hora, pois cadê a dor, cadê a montanha de água da bolsa rompida... ouvi com lágrimas nos olhos que ela não queria me deixar a noite em claro pra ter de fazer a cesárea no outro dia de manhã...
Ok como confio nela, ouvi suas explicações finais e a ordem de voltar pra casa, pegar a vovó e as minhas coisas e irmos direto para o Hospital, ela estava agendando uma sala para as 10 da noite.
O Transito tava muito tranqüilo em função do feriado e em 40 minutos já tínhamos feito tudo isso e chegado ao hospital, onde a equipe da Kenya já me esperava... a enfermeira, me ajudou a me vestir enquanto papai fazia os papéis, a anestesista veio e me explicou como seria o procedimento. Logo em seguida colocaram o acesso na veia e a Kenya chegou com o Marcelo, o pediatra... Eu estava extremamente calma, não sei como, mas estava, alguém tinha de estar... papai chegou pronto para assistir  o parto e uma pilha de nervos, chegada as 10 horas me levaram pra sala de parto, não senti a anestesia, nem a picada... deram um banquinho pro papai sentar, e eu ouvia os médicos conversarem sobre a loucura que deveria estar na praia... que bom que eles estavam ali naquele momento com bastante calma...
De repente ouço a Kenya dizer, “Olha isso aqui”... senti uma sensação estranha e ela disse pra anestesista que teria de empurrar o Guilherme, e senti como se meus órgãos tivessem se amontoado na altura do peito... ela disse ao Marcelo, ele tem duas voltas na cervical... tentei levantar a cabeça pra ver, mas a anestesista me segurou... Avisou o papai pra posicionar a câmera, pois tava na hora...
Com muita calma eles empurraram minha barriga e a kenya pode te pegar... Papai ainda por acaso fotografou o momento em que ela desenrolava tua cabecinha... vc não chorou logo, estava engasgadinho, me assustei quando não te trouxeram direto pra eu te ver. Vi o Marcelo passar pelo meu lado com vc, belisquei o papai e disse “VAI ATRAZ”, afinal tínhamos combinado que independente do que acontecesse, não era pra ele desgrudar de vc. Sabia que nesse hospital eles prezam muito o contato com os pais, e que quem deveria transportar você até o banho era o Papai e não o pediatra. Papai me disse que você fazia os movimentos com a boquinha, mas o choro não saia... quando o pediatra Marcelo chegou na porta, você  finalmente desengasgou e ouvi teu chorinho... Então te trouxeram pra mim... Não tenho palavras pra dizer o que senti, vc era miudinho, não era o bebezão que me contavam nas ecografias... 49 centimetros e 2890 Kgs... mas era lindo... cabeludo... estava com a boquinha roxa e inchada, provavelmente quando a medica te puxou, tu estavas enrolado pelo pescoço e te encolheste... a anestesista te empurrou e bateste a boquinha no afastador...
Costumo dizer que teu parto não foi normal, pois teu “anjinho da guarda” impediu que tu sofresse... com duas voltas na cervical poderia ter te causado sofrimento para nascer de normal. Assim não foi, tuas peripécias de sábado devem ter feito o cordão se enrolar... Então acredito que foi melhor assim. Foi tudo muito calmo, muito tranqüilo sem dor antes, nem durante, nem depois. Te colocaram a roupinha verde que escolhi com o chapeuzinho que tantas vezes dobrei e desdobrei arrumando tua malinha,  ainda na recuperação tu pegaste o peito e mamava pra caramba... antes das 4 da manhã já estávamos todos no quarto, papai, você, vovó e eu... me diziam que eu tinha de dormir, mas eu não conseguia parar de te olhar... QUE SONHO, QUE MEDO DE ACORDAR... E ainda hoje é assim, as vezes tenho medo de acordar e ser apenas um sonho... não dá bola, apenas mais um dos devaneios da tua mamãe, que alias são muitos...
Longe do Papai e da Mamãe tu abriu o berreiro...

Kenya te desenrolando

Olha o Papai

A mamãe pra variar chorava

a bobice era tanta que ninguem olhou pra foto, ah deixa a gente se conhecer né...



Bom foi assim que tudo aconteceu....

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Continuação da nossa história e acontecimentos de hoje.


Bom, depois da maravilha de nos descobrirmos grávidos, e de saber que o mioma não havia interferido na implantação era só curtir... E nos curtimos, cada consulta era uma festa por ouvir seu coraçãozinho, cada eco era uma emoção e um vale de lágrimas do papai e da mamãe, tudo muito normal. Aliás, essa era uma palavra que a mamãe falava muito... que tipo de parto?? NORMAL, claro e a Dra Kenya também super a favor. Na gravidez não tenho muitas histórias pra contar. Com 4 meses vc tava com as pernas arreganhadas, isso mesmo arreganhadas e foi fácil até o papai descobrir antes do medico falar... Era um menino... antes do medico pronunciar essa frase, papai disse: com as pernas abertas desse jeito, se for menina, vou ter problemas... por falar demais, ganhou como prêmio do medico tua primeira foto impressa, e nela escrito no bom “gauches” a marca registrada “tico do guri”.
Bom como toda mamãe normal, havíamos os nomes escolhidos para menina e para menino, mas pra menino tinha duas opções: Lucas ou Guilherme. Estávamos realmente em dúvida, resolvi pegar um desses livrinhos e ler o significado... Guilherme: AQUELE QUE CUIDA... nem procurei o significado de Lucas, falei pro papai com um sorriso largo, e ele confirmou, com um significado desses, tava decidido... Vai Dinda, pode bordar o enxoval...
Esse alias, me rendeu as poucas histórias da gravidez que tenho, pois não tive enjoo, não tive problemas de pressão, não tive desejos (não conta pro Ale, pois uma vez inventei que queria trufa de morango, onde já se viu não ter desejos??) pois é, mas não tive... Pórem as vendedoras da Picorrucho já me tratavam pelo nome e te conheciam muito bem... alias a vó e a bisa também... era só uma das três apontar na porta da loja pras vendedoras piscarem os olhinhos e aparecerem cifrões ($$$$) igual desenho animado sabe. Fora nossa ida ao centro, tua Dinda, eu e teu barrigão comprar o protetor de berço. Mas essa deixarei que ela venha te contar, afinal ela vai dizer que eu te contei só o meu lado da história....
Normal, era o que sempre ouvia nas consultas de pré natal, que acabaram se revelando em passeios, e a Dra. Kenya ouvia pacientemente minhas alegrias, teus ataques de pelanca dentro da minha barriga, pois como tu mechia meu anjo... te retorcia tanto que desde dezembro tinha hora marcada pra tirar a mamãe da cama... 4:15, começava, te atravessava, colocava teu pezinho embaixo da minha costela de um jeito, que eu tinha de me levantar para tu te ajeitar. As vezes eu conseguia pegar teu pezinho bem no cantinho da costela... e que vontade de fazer cosquinhas.... A mamãe já conhecia toda a programação do corujão da globo. Assistia o final do filme, os desenhos e as 6 me vestia pra ir trabalhar, enquanto deixava o papai dormir mais um pouco.
Mamãe trabalhou até uma semana antes de tu nascer.
Aliás esse dia foi O DIA!!! Mamãe estava com 38/39 semanas, sexta feira, tinha consulta finalzinho da tarde, briguei horrores na empresa... Papai me pegou e fomos te ouvir... visto que a mamãe já estava proibida de dirigir. Chegamos no consultório e um susto: Pressão 18/10, todos levamos um susto... Mas foi só um susto mesmo, deveria ser por conta do calor que fazia em fevereiro, mais os acontecimentos na empresa...
Esperamos ela baixar e ficamos com a ordem de monitorar, se passasse de 15 novamente, o nosso NORMAL, iria por água a baixo. Ordem de ficar em casa te esperando...Ok, saí do consultório com os papeis da licensa e combinamos de passar na empresa já pra comunicar.
Quando fomos atravessar a rua, lembramos que não pagamos a consulta. (que vergonha), voltamos pra acertar, e fomos xingados pela Dra. Kenya, com pressão alta e saracoteando?? Disse que deveríamos ter deixado pra pagar na segunda...
Fomo pegar o carro no estacionamento, esse que sempre deixávamos, com manobrista, coisa que teu pai detesta... afinal, ninguém cuida de seu carro como ele. E o serviço que era rápido, demorou... 3 cliente que chegaram depois de nós receberam os veículos e nós nada... começamos a desconfiar. Quando o carro veio, o manobrista estava encharcado de suor e tentou esconder o carro atraz de um pilar. Ainda pensei “agora teu pai vai matar o cara”... O carro tava “zebrado”, tinham batido em um pilar e o pilar era amarelo, num carro preto... imagina. Teu pai perguntou o que era aquilo... e o cara respondei, judiaria né... novinho...
Achei que teu pai ia pular no pescoço dele. Ele tentou dizer que largamos o carro assim ali... eu comecei a dizer que queria o gerente, que isso não podia ficar assim, comecei a ter um “piti”, e quando perguntei pro Ale se ele não ia fazer nada, sabe o que ele respondeu?? To fazendo, to preenchendo os papéis...
Só? Só isso? “sim, fazer o que...” Mais uma vez teu pai me surpreendeu. Depois ele me contou que não sabe como conseguiu se controlar, mas com minha pressão alta e com medo que tu nascesse naquele dia, engoliu a raiva e não fez nada.... Claro que quando entrei na empresa pra entregar os papéis, me contaram que ouviam os gritos de teu pai no telefone, xingando o pessoal da administradora do estacionamento... mas vc não nasceu nesse dia, não nessa sexta feira.
Na outra semana na sexta feira, seria véspera de carnaval, e estaríamos fechando as 40 semanas, mas sinceramente achei que não iríamos até lá. Ainda voltamos na segunda, na quarta e na sexta, mas tudo continuava normal... como eu estava em casa nessa semana, não fiz nada, a não ser arrumar e desarrumar tua malinha... na sexta, véspera de carnaval, decidimos que se vc não nascesse no feriado, quarta de tarde eu iria em jejum á medica e de lá sairíamos direto pra cesárea. Fizemos mais uma eco pra ter certeza que poderíamos esperar, mais uma vez, tudo NORMAL, então ta, vamos esperar o parto NORMAL....
No próximo post, conto o teu grande dia, meu filho...


Agora quero te falar um pouqinho do teu hoje.
Como mamãe ja te contou, teremos de fazer uma cirurgia, e por conta disso, alguns exames. Na sexta sofreste teu primeiro "pic" e descobri que o primeiro pic, a mãe nunca esquece... Nas vacinas tu não chora, só olhas pra enfermeira e solta um "aieeeee", bem hominho já... Me enche de orgulho, mas na sexta, pra fazermos o exame de sangue, tiveram que duas tias ajudarem a mamãe a te segurar... teu Papai prefere nem olhar. Passa mal do lado de fora. Imagina se ele entra junto... Mas foi muito doido, mais em mim do que você... Mas é necessario. Você chorou muito e eu também , minhas pernas tremiam tanto que os joelhos batiam na mesa... mas você, hominho da mãe, logo parou de chorar... hoje vamos pegar o resultado do exame e remarcar com o Fraga, pra acertar os detalhes da tua cirurgia.... e você não sente nada, mas em mim ainda dói....

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Hoje escrevo para o Gui


Talvez um dia você leia isso, essa é a uma das intenções da mamãe com o blog. Ontem fomos conhecer o Dr. Fraga. Senhor sério, mas com ternura nos olhos, me passou confiança, apesar de eu estar com tanto medo...
Te examinou a boca e claro que te fez chorar, mas nos entenda, é para teu bem.
O devaneio da mamãe de que algo oculto poderia estar por traz, não se confirmou com a Graça de Deus e realmente era só minhoca da cabeça de tua Mãe Maluca (acho até que vou mudar de nome), mas da cirurgia a mamãe não vai conseguir te livrar...
A mamãe tem muito medo da anestesia, Gui, muito medo de te ver chorar por horas a fio como fizeste da outra vez e não poder fazer nada... Sim já ouve uma “outra vez” e o que eu temia era que isso acontecesse novamente. A mamãe vai te contar como foi.
Teu Papai resolveu fazer um churrasco para reunir os primos e achou melhor que fosse lá em casa, até para teu conforto, pois assim que quizestes dormir, teria o aconchego do teu lar. Esse churrasco foi marcado para um sábado a noite, mais ou menos duas semanas após teu primeiro aninho, se não me falha a memória.
Tu já caminhavas sozinho, mas não tinha firmeza ainda... Te deixei paradinho brincando com as outras crianças e teu priminho de 3 anos te puxou pelos ombros para pegar um brinquedo e tu te jogou pra trás com toda tua força achando que era o Papai que te pegava, pois vocês costumavam brincar assim. Eu estava na janela da cozinha e só tenho a imagem de você caindo no chão, não sei como abri a porta, não sei como corri até lá, só sei que a próxima imagem que tenho é de te juntar com a boquinha aberta, mas não saia som algum, você se “afinou” como dizem os antigos, te abracei forte e nos sacudimos e você chorou, chorou muito, filho, tentei te acalmar por quase 20 minutos e chorei junto contigo... Tenho pena do Vini, ele não tem noção da dor que te causou, mas lembro da expressão de pânico nos olhinhos dele, tadinho...
 Depois de te acalmar, tu voltaste a brincar como se nada tivesse acontecido, eu tentei fingir também que estava tudo bem. Mas meu coração doía por dentro, por eu ter te deixado só pra buscar a salada... Mas não posso voltar no tempo.
A festa acabou e você já estava dormindo... dormi também. No domingo acordaste cedo como sempre e mamãe desceu pra te dar o café da manhã e deixar o Papai dormir um pouco mais, afinal ele teve uma madrugada longa, visto que seu fígado reclamou dos excessos cometidos. Comeste teu danoninho e levantaste pra brincar, caíste sentado. Achei estranho te pus de pé e te chamei em minha direção, tu não conseguias caminhar em linha reta e fazia sempre uma curva para direita. E eu acendi uma luz de alerta.
Te observei por mais 20 minutos e tu continuava assim, resolvi ligar pra vovó Zeli e perdir que ela nos acompanhasse ao médico, pois o Papai ainda não estava bem.
Vovó concordou e fui falar com o Papai, ele deu um salto da cama e me disse que iria junto, mas argumentei que ele não tinha condições e que provavelmente iríamos tirar um raio X e voltaríamos pra casa... Eram 9 da manhã.
Chegamos a clinica e a medica te examinou e me enviou ao raio X, mas ela também achou que tu tinha “tonturas” pediu que enquanto aguardássemos o exame eu te fizesse caminhar que ela estaria te observando... Quando voltamos, ela já tinha todos os papéis prontos para nos encaminhar ao Hospital da Criança para fazermos uma tomografia, apenas para “ficar tranqüila” me disse a médica... Achei que seria simples o exame.
Liguei pro Papai e avisei ele que estávamos indo... Ele já tinha falado com a vovó e já estava na metade do caminho, nos encontramos e fomos os 4.
Chegando lá, te examinaram e nos explicaram que PRECISARIA 8 horas de JEJUM. Tu tinhas comido teu danoninho as 9 e mais nada... e já começava a me pedir leite... qué qué qué, volta e meia tu pedia... Tentamos te fazer esquecer e passei por cima de todas as recomendações medicas e te deixei brincar sentado no chão do hospital com um carrinho, pois queria te distrair para não me pedires leite. Me disseram que antes das 4 da tarde seria totalmente inviável fazer a tomografia, pois precisaria ser SEDADO... por isso o jejum.... Ai meu Deus, mais essa agora...
Perto das 14 tu começaste a chorar insistentemente de fome... e ainda faltavam no mínimo duas horas...Chamei a enfermeira e pedi uma segunda opção... ela me disse “só se ele dormir um sono muito profundo....” Tu dormir?? Fora de casa?? Com novidades pra ver??? E com fome???? Esquece... pensei, mas vamos tentar, nos fizeram a baixa e nos deram um quarto, pois tu começava a incomodar no corredor com os gritos de fome... e teu pai e eu começávamos a não saber o que fazer... eu pra variar comecei a chorar contigo, escondido de ti, mas chorei...
Tentamos te fazer dormir mas não quizeste, finalmente nos chamaram para fazer o exame... tu choraste por mais de duas horas a fio... nos explicaram que seria sedado e que seria rápido... mas que não NÃO poderíamos ficar na sala te acompanhando...
Parecia que me arrancavam um pedaço, mas tentei te passar tranqüilidade. O anestesista te colocou a máscara e disse: beija muito ele mamãe...e eu beijei, quando tu ias chorar, dormiste, e eu tive de te deixar... me tiraram da sala, teu pai me abraçou forte, na porta da sala... Chorei tanto filho, não sei quanto tempo durou o exame, sei que a enfermeira disse que não poderíamos ficar parados ali na porta... mas eu me recusei a sair dali, teu pai de dois passos pro lado, como quem diz, PRONTO, SAI DA PORTA, mas não nos mechemos dali...Parece que fiquei por horas ali esperando a porta se abrir...
Devem ter sido os 5 minutos mais longos da minha vida (me contaram que esse exame dura 5 minutos aproximadamente) quando a porta se abriu o médico me perguntou se você tinha dormido naturalmente hoje... eu respondi que não, que estavas acordado desde as 7:30 da manhã... O médico recomendou, deixa ele dormir então, pois pode o exame não ter ficado bom e ser preciso repetir... te levei de volta pro quarto e ficamos velando teu soninho...
Tu dormiste 1 hora e meia depois do exame. Quando acordaste deste um sorriso lindo, viraste pro lado, apontaste pra tua bolsinha e pedia qué, qué...
Mas a mamãe ainda não podia te dar leite. Caminhamos pelos corredores, te mostrei todos os bichinhos que haviam nas portas e paredes daquele hospital, tentei te distrair, mas tu tinha fome meu filho... Fome. E eu ainda não tinha a liberação de te dar leite, nem água sequer, pois ainda não tinham o resultado do exame... Depois de teu pai perguntar a enfermeira pela quinta vez e quase bater nela, ela nos disse que já havia pedido para cozinha te enviar a tua janta... Ta liberado então??? Fiz uma dedeira deliciosa e tu pode mamar filhote, secaste a mamadeira enquanto eu chorava de alivio. Quando estavas terminando chegou a janta, caldinho de feijão, arroz e guizadinho de frango com purê de batatas... e adivinha?? Tu apontava e qué, qué... Fiquei com medo, pois passaste o dia sem comer nada...mas tu insistiu, te dei um pouquinho de tudo e comeste até o purê que tu detesta.... Mas com a Graça de Deus estava tudo bem, foi apenas um susto... aliás, mais um, pois quando entraram dois médicos no teu quarto com o exame nas mãos, se eu não estivesse sentada, acho que teria caído.... até hoje não entendi porque enviaram dois médicos pra dizer que estava normal. Melhor assim, TUDO NORMAL, FOI SÓ UM SUSTO...
Sofreste muito aquele dia, choraste muito, um choro doído... e eu ali sem poder te consolar, sem poder te acalmar, IMPOTENTE... Por isso me dói tanto ter de te fazer passar por isso de novo. O procedimento será bem simples, me disse o Dr. Fraga, após 8 horas de jejum, vão te sedar e tirar a pele que tens de baixo da língua, pois ela está comprometendo o crescimento da tua língua e isso pode te trazer problemas no futuro. Quanto mais cedo melhor, me disse o médico.
Mas essas lembranças ainda estão muito vivas e me dói por dentro... Espero que perdoe a mamãe por não poder te livrar dessa... Assumiria teu lugar sem pensar...  Daria tudo o que tenho pra te poupar, mas não posso... Posso te garantir que estou sofrendo por antecipação e estarei sofrendo lá contigo... e o tempo todo segurando tua mão.... TE AMO MAIS QUE TUDO...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Angustia... dia que não passa....

Ai gente... não dormi nada... uma angustia, desde ontem as horas não passam... o dia se arrasta... a hora de falar logo com o médico não chega....
Tenho até um pouco de vergonha, pois acompanho histórias de crianças e mãezinhas que realmente tem problemas, e eu fico com minhocas na cabeça... sem nem ter certeza que realmente há um problema oculto...
Mas vocês também são mães e vão saber me compreender... afinal no próprio título do blog fala dos meus “devaneios”.
Sei que precisava desabafar e achei que aqui seria um bom lugar, não sei nem se alguém vai ler isso, mas sei que foi o escape que achei hoje...
Como nada nessa vida são flores, a mamãe hoje tem fechamento de mês pra fazer... e com isso precisa de concentração. E pra ter concentração preciso colocar os sentimento pra fora... já chorei bastante com meu amigo chuveiro as 6 da manhã... mas não foi o suficiente...
Já li os blogs que sigo pela manhã e vi que tem mais mãezinhas angustiadas hj a Carol caiu né Mamãe MM+3, o Gui também já me deu desses sustos, e sei bem o que estas passando...
Ai, post meio sem nexo, mas EU precisava disso...
Só peço qua não riam de mim hoje... apenas me compreendam ...